COMO A ENTREGA QUITATIVA BENEFICIA O DEVEDOR EM PROCESSOS DE BUSCA E APREENSÃO

Descubra como a entrega quitativa pode beneficiar o devedor em processos de busca e apreensão, evitando prejuízos financeiros e danos ao crédito.

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Introdução

A entrega quitativa é uma solução cada vez mais procurada por devedores em dificuldades financeiras que enfrentam a ameaça de processos de busca e apreensão. Quando o financiamento de bens, como veículos ou imóveis, se torna insustentável, a entrega quitativa oferece uma saída menos prejudicial ao devedor, evitando processos judiciais e prejuízos mais graves ao seu crédito. Neste artigo, explicaremos como essa prática pode beneficiar devedores em situações de inadimplência, protegendo-os das consequências mais severas de um processo de busca e apreensão.

O Que é a Entrega Quitativa e Como Funciona?

A entrega quitativa ocorre quando o devedor decide devolver o bem financiado ao credor antes de ser instaurado um processo de busca e apreensão. Essa prática é especialmente comum em contratos de alienação fiduciária, em que o bem financiado serve como garantia de pagamento, como ocorre em financiamentos de veículos e imóveis.

Como Funciona a Entrega Quitativa?

Quando o devedor percebe que não conseguirá mais arcar com as parcelas do financiamento, ele pode entrar em contato com o banco ou instituição financeira para propor a devolução do bem. Com a aceitação do credor, o bem é entregue e a dívida pode ser quitada, dependendo do valor do bem e do saldo devedor. Esse procedimento evita o desgaste de um processo judicial e impede que a dívida continue a aumentar com juros e multas.

Benefícios da Entrega Quitativa em Busca e Apreensão

Optar pela entrega quitativa em vez de esperar o processo de busca e apreensão pode trazer diversos benefícios ao devedor. A principal vantagem é evitar as penalidades adicionais que surgem com o processo judicial, como taxas, honorários advocatícios e a deterioração do crédito.

Prevenção de Custos Judiciais

A entrega quitativa evita o início do processo judicial de busca e apreensão, poupando o devedor de arcar com custos processuais e honorários advocatícios. Em muitos casos, esses valores podem aumentar significativamente o saldo devedor, tornando a dívida ainda mais difícil de liquidar.

Preservação do Histórico de Crédito

Outro benefício importante da entrega quitativa é a preservação do histórico de crédito do devedor. Quando a devolução do bem é negociada antes que a dívida seja judicializada, o impacto no score de crédito é menor, já que não há necessidade de incluir o nome do devedor em órgãos de proteção ao crédito como SPC e Serasa. Isso facilita a recuperação financeira a longo prazo.

Como a Entrega Quitativa Ajuda a Evitar a Execução de Garantias

Em um processo de busca e apreensão, o credor retoma a posse do bem financiado por meio de uma ordem judicial. Esse procedimento pode ser longo e oneroso para ambas as partes, além de resultar na perda total do bem para o devedor. A entrega quitativa, no entanto, permite que o bem seja devolvido de forma voluntária, evitando as complicações e custos associados à execução de garantias.

Impactos na Alienação Fiduciária

No caso de bens financiados sob alienação fiduciária, o devedor é apenas o possuidor do bem até que o financiamento seja totalmente quitado. A entrega quitativa antecipa o fim desse contrato de forma amigável, evitando que o credor precise recorrer à justiça para retomar a posse do bem. Isso beneficia ambas as partes: o credor recupera o ativo de forma mais rápida e econômica, enquanto o devedor evita a execução judicial.

Exemplos Práticos de Entrega Quitativa em Busca e Apreensão

Vamos ilustrar como a entrega quitativa pode funcionar na prática com alguns exemplos reais:

Caso 1: Financiamento de Veículo

Carlos financiou um carro, mas após perder o emprego, ele não conseguiu mais pagar as parcelas. Ciente de que o banco entraria com uma ação de busca e apreensão, Carlos optou por propor a entrega quitativa do veículo. O banco aceitou, e Carlos devolveu o carro, encerrando a dívida sem precisar passar por um processo judicial longo e custoso.

Caso 2: Financiamento Imobiliário

Maria financiou um imóvel, mas após enfrentar dificuldades financeiras, ficou inadimplente. Ao invés de esperar o processo de execução hipotecária, Maria procurou o banco para devolver o imóvel por meio da entrega quitativa. Com o acordo, ela evitou um processo judicial que teria comprometido ainda mais sua situação financeira.

O Papel da Entrega Quitativa na Regularização de Dívidas

Quando o devedor opta pela entrega quitativa, ele também pode negociar a quitação total ou parcial da dívida. Dependendo do valor de mercado do bem entregue e do saldo devedor, é possível que a dívida seja liquidada de forma integral ou que o saldo restante seja reduzido.

Redução do Saldo Devedor

Ao devolver o bem financiado, o devedor pode solicitar ao credor que parte da dívida seja perdoada, especialmente se o bem tiver um valor de mercado próximo ao saldo devedor. Isso oferece uma oportunidade de regularizar a dívida sem precisar recorrer a outras formas de pagamento, como empréstimos ou negociações mais onerosas.

Quando a Entrega Quitativa Pode Não Ser Vantajosa

Embora a entrega quitativa traga muitos benefícios, em algumas situações ela pode não ser a melhor solução. Se o bem a ser devolvido tiver um valor muito inferior ao saldo devedor, o devedor ainda poderá continuar com uma dívida residual, mesmo após a devolução do bem. Nesses casos, é importante avaliar com cuidado as opções disponíveis, como renegociações de dívida ou outras formas de pagamento.

Impacto no Planejamento Financeiro

A devolução de um bem financiado também pode afetar o planejamento financeiro do devedor, principalmente se o bem for essencial, como um imóvel ou veículo de trabalho. Portanto, antes de optar pela entrega quitativa, é importante considerar todas as alternativas e, se necessário, buscar orientação jurídica.

Conclusão

A entrega quitativa é uma solução eficiente e amigável para devedores que enfrentam dificuldades em manter seus financiamentos e estão sob a ameaça de processos de busca e apreensão. Ao devolver o bem financiado voluntariamente, o devedor pode evitar os custos e complicações de um processo judicial, preservar seu histórico de crédito e, em muitos casos, regularizar sua dívida de forma menos onerosa.

Se você está enfrentando um processo de busca e apreensão e deseja explorar a opção da entrega quitativa, entre em contato com um advogado especializado em direito bancário. Essa medida pode ser a chave para evitar maiores complicações financeiras no futuro.

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