O QUE FAZER SE SUA CAPACIDADE FINANCEIRA MUDAR APÓS UM CONTRATO?

Descubra o que fazer se sua capacidade financeira mudou após a assinatura de um contrato. Saiba como renegociar, rever judicialmente ou suspender pagamentos para ajustar suas obrigações.

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A vida financeira das pessoas pode mudar de maneira inesperada, seja devido à perda de emprego, problemas de saúde ou crises econômicas. Quando essas mudanças ocorrem após a assinatura de um contrato, como um financiamento, empréstimo ou qualquer outra obrigação financeira, a capacidade de cumprir as condições previstas pode ser severamente impactada. Neste artigo, vamos discutir o que fazer se sua capacidade financeira mudou após a assinatura de um contrato e quais são as alternativas legais para renegociar ou revisar as cláusulas contratuais.

Entender os direitos do consumidor em situações de dificuldades financeiras e saber como agir de forma preventiva é fundamental para evitar maiores complicações, como inadimplência, cobranças abusivas e perdas de bens. A legislação brasileira oferece diversas proteções aos consumidores que passam por esse tipo de situação.

Renegociação do contrato com o credor

O que é a renegociação?

A renegociação do contrato é uma das primeiras opções que o consumidor deve buscar quando perceber que sua capacidade financeira mudou. Trata-se de um processo amigável entre o consumidor e o credor (banco ou instituição financeira), onde ambos tentam encontrar novas condições de pagamento que sejam mais adequadas à realidade financeira atual do devedor.

Como funciona a renegociação?

O consumidor pode entrar em contato diretamente com o banco ou instituição financeira para expor sua situação e propor novas condições de pagamento. Isso pode incluir a redução da taxa de juros, a extensão do prazo de pagamento, a suspensão temporária das parcelas ou qualquer outra solução que torne o pagamento mais viável. Muitos bancos têm programas específicos para ajudar clientes em dificuldades financeiras e podem oferecer condições facilitadas.

Importância do diálogo com o banco

Estar em contato constante com o banco é essencial, pois evitar esse diálogo pode resultar em cobranças, negativação do nome ou até a execução judicial do contrato. A renegociação pode ser uma forma rápida de ajustar as condições do contrato sem a necessidade de recurso ao Judiciário.

Revisão judicial do contrato

O que é a revisão judicial?

Quando uma renegociação amigável não é bem-sucedida ou o credor se recusa a flexibilizar as condições do contrato, o consumidor pode recorrer à revisão judicial. Esse processo é baseado no princípio da teoria da imprevisão, previsto no Código Civil Brasileiro, que permite a alteração de contratos em casos de acontecimentos imprevistos que tornem as condições originalmente acordadas onerosas para uma das partes.

Quais são os fundamentos legais para a revisão judicial?

A teoria da imprevisão, prevista no artigo 478 do Código Civil, estabelece que os contratos podem ser revisados quando ocorrerem eventos imprevisíveis ou extraordinários, tornando o cumprimento das obrigações onerosas para uma das partes. Isso se aplica, por exemplo, a situações de crise econômica, perda de emprego ou queda brusca de renda.

Outro fundamento é o Código de Defesa do Consumidor (CDC), que protege o consumidor contra cláusulas abusivas em contratos e garante o direito de buscar revisão judicial em caso de condições desequilibradas. Se o consumidor provar que as condições contratuais se tornaram inviáveis devido a um evento inesperado, o juiz poderá determinar ajustes nas cláusulas para restabelecer o equilíbrio contratual.

O papel do advogado na revisão judicial

A revisão judicial requer o suporte de um advogado especializado, que irá reunir provas, como comprovantes de renda, demissão ou documentos que comprovem a mudança na capacidade financeira, para embasar o pedido de revisão. A VR Advogados oferece assistência jurídica especializada em casos de revisão de contratos bancários.

Suspensão temporária de pagamentos

Como funciona a suspensão temporária?

Em casos de extrema dificuldade financeira, o consumidor pode solicitar uma suspensão temporária de pagamentos ao credor, o que permite uma pausa no pagamento das parcelas por um período determinado. Essa solução pode ser negociada diretamente com uma instituição financeira ou solicitada judicialmente, dependendo da gravidade da situação.

Quando a suspensão é recomendada?

A suspensão temporária pode ser uma boa solução quando o consumidor prevê que sua situação financeira será regularizada dentro de alguns meses. Por exemplo, quando há perda de emprego temporário ou despesas imprevistas que comprometem o orçamento familiar, essa alternativa pode ajudar a evitar a inadimplência e outras complicações.

Impacto da suspensão nos juros

É importante ter em mente que, durante a suspensão, os juros podem continuar a ser acumulados, o que pode aumentar o saldo devedor. Por isso, essa opção deve ser analisada com cautela e, sempre que possível, discutida com o credor para minimizar os impactos financeiros no longo prazo.

O que fazer em casos de endividamento excessivo?

Lei do Superendividamento

Para consumidores que enfrentam uma situação de endividamento excessivo, a Lei do Superendividamento (Lei nº 14.181/2021), recentemente aprovada, oferece uma série de proteções e medidas de apoio. Essa legislação tem como objetivo ajudar os consumidores que não conseguem mais arcar com suas dívidas de forma sustentável.

Quais são as proteções oferecidas?

A Lei do Superendividamento permite ao consumidor renegociar todas as suas dívidas de maneira organizada, garantindo o mínimo necessário para a subsistência. Se o consumidor tiver várias dívidas e não conseguir honrar nenhuma delas, poderá solicitar a elaboração de um plano de pagamento que respeite sua capacidade financeira atual. Esse processo pode ser feito de forma extrajudicial ou, se necessário, com o apoio do Judiciário.

Como solicitar ajuda com base na Lei do Superendividamento?

Os consumidores que se encontrarem nessa situação podem procurar a Defensoria Pública, o Procon ou advogados especializados para iniciar o processo de renegociação de dívidas. O objetivo é garantir que uma pessoa tenha condições de pagar suas dívidas de maneira sustentável, sem se comprometer com sua subsistência.

Conclusão

Se sua capacidade financeira mudou após a assinatura de um contrato, você tem diversas opções para ajustar suas obrigações financeiras à sua nova realidade. A renegociação é a primeira e mais acessível alternativa, mas, em casos mais complexos, a revisão judicial do contrato pode ser necessária. Além disso, existem medidas como a suspensão temporária de pagamentos e o apoio da Lei do Superendividamento para proteger os consumidores em situações de grande dificuldade financeira.

Para garantir que os seus direitos sejam respeitados e que as melhores soluções sejam aplicadas, é fundamental contar com o apoio de um advogado especializado. A VR Advogados oferece toda a orientação necessária para ajudá-lo a renegociar suas dívidas ou solicitar a revisão judicial de contratos, sempre buscando o melhor resultado.

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