JUIZ EXTINGUE BUSCA E APREENSÃO DE VEÍCULO DE DEVEDORA, DEPOIS DESTA PROVAR RENEGOCIAÇÃO COM O CONSÓRCIO

Em Foz do Iguaçu, juiz elimina ação de busca e apreensão de veículo após devedora comprovar renegociação de dívida com o consórcio. Saiba mais sobre este caso e a importância de acordos extrajudiciais e assistência jurídica.

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Em um caso notável de disputa judicial envolvendo ações de busca e apreensão de bens, uma mulher que enfrentava a possibilidade de perder seu veículo devido ao atraso no pagamento de algumas parcelas conseguiu reverter a situação através de uma decisão judicial favorável. O incidente ocorreu em Foz do Iguaçu, Paraná, onde a justiça determinou a devolução do automóvel à proprietária, após ela demonstrar que havia um acordo de renegociação de dívida com a administradora do consórcio.

Entenda melhor o caso de busca e apreensão de veículo

A mulher, cujo nome não foi divulgado, havia atrasado o pagamento de três parcelas do financiamento, que estava sob a condição de alienação fiduciária – uma garantia comum em financiamentos onde o bem fica em nome do credor até que a dívida seja quitada. Diante do atraso, o consórcio responsável pelo financiamento iniciou uma ação de busca e apreensão do veículo, medida essa que foi inicialmente autorizada por uma liminar.

Contudo, a devedora não permaneceu inativa. Ao receber a notificação extrajudicial sobre o atraso nos pagamentos, ela procurou imediatamente a administradora do consórcio para encontrar uma solução negociada. Resultado dessa interação foi um acordo extrajudicial para o pagamento das parcelas em atraso, qual a devedora pagou e comprovou o débito da primeira delas.

Uma vez acordado entre as partes, acordos extrajudiciais não podem ser simplesmente desconsiderados, pois têm valor legal promulgado por um juiz de direito, garantindo que ambas as partes cumpram suas obrigações conforme estipulado no acordo.

Acordo de renegociação de dívida: Como aconteceu?

Durante a análise do caso, o juiz Marcos Antônio de Souza Lima, titular da 3ª vara Cível de Foz do Iguaçu, avaliou a documentação apresentada e concluiu que a existência do acordo invalidava a condição de inadimplência (“mora”) da devedora. Em suas palavras, o juiz destacou que “o autor aceitou receber, por meio de acordo extrajudicial, valor diverso do constante na notificação, o que afasta a mora da ré, não podendo valer-se da mesma notificação para propor ação de busca e apreensão”.

Dessa forma, foi determinado o cancelamento da busca e apreensão do veículo, que deveria ser devolvido à proprietária, e a ação foi julgada improcedente. A decisão não apenas salvou a mulher da perda de seu bem, como também destacou a importância de acordos extrajudiciais e a necessidade de que sejam respeitados pelas partes envolvidas.

O papel crucial do advogado na reversão da ação judicial

Desde o início, a devedora contou com a orientação de um advogado especializado em direito civil e, especificamente, em questões relacionadas a financiamento e alienação fiduciária. Esse conhecimento técnico foi essencial para identificar rapidamente as possíveis alternativas legais e estratégicas disponíveis.

O trabalho de assessoria jurídica desempenhou um papel vital na coleta e apresentação de provas, assegurando que todos os documentos necessários para comprovar o pagamento da primeira parcela renegociada fossem devidamente organizados e apresentados ao juiz. Isso incluiu a obtenção de recibos, comprovantes de pagamento e quaisquer outros documentos relevantes que evidenciassem a boa fé e o cumprimento do acordo pela devedora.

O advogado também representou a devedora em todas as audiências e sessões, realizando a sustentação oral quando necessário. Sua presença garantiu que a argumentação fosse clara, precisa e persuasiva, contribuindo para a decisão favorável do juiz.

Conclusão e a importância da assistência jurídica

Em suma, este caso ilustra a relevância de buscar alternativas negociadas, principalmente em situações de inadimplência que envolvem bens fundamentais, como veículos. A decisão do juiz de invalidar a busca e apreensão com base  no acordo extrajudicial assinado evidencia o peso das negociações e da documentação correta. Além disso, o papel desempenhado pelo advogado especializado foi determinante para a resolução favorável, mostrando a importância de contar com uma assessoria jurídica qualificada.

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